
Há séculos o papel é o elemento usado por diferentes povos para representar o 1º ano de aniversário de casamento de um casal.
E mesmo com o avanço tecnológico ainda há quem mantenha a antiga tradição de presentear seu amado(a) nesta data com algum mimo feito com esse elemento, como, por exemplo, um cartão manuscrito.
Mas por que o papel?
Em linhas gerais, tem-se que o papel representa o início de tudo. É nele que rascunhamos ideias soltas que acabam virando grandes negócios. É nele também que esboçamos pela primeira vez aquela casa dos sonhos que um dia, com dedicação, acaba virando realidade.
Ou seja, normalmente, é no papel que nascem grandes projetos de vida, que não raro começam pequenos mas que se fortalecem com o tempo. Uma analogia que faz bastante sentido com a construção de um casamento!
Mas será que não daria para pensarmos em outros significados para esse elemento?
Refletindo a respeito, eu trouxe abaixo alguns pensamentos baseados na minha experiência como celebrante de casamentos.
- Certidão de Casamento: onde tudo começa e onde tudo termina
Convite de casamento, cartões que acompanham os presentes, a folha onde são escritos os votos. São muitos os “papeis” que geram boas recordações para quem se casa.
Mas quando penso em papel no contexto do matrimônio é a certidão de casamento a primeira coisa que me vem à mente. Para muitos é a partir desse papel, com bordas decoradas, onde tudo realmente passa a ter valor e, ironicamente, também é onde tudo termina, seja com a morte ou com o divórcio.
Não é sem motivo, portanto, que a certidão de casamento carregue um grande valor sentimental, jurídico e social na vida de quem o detém e os efeitos desse compromisso “em papel passado” são especialmente sentidos no primeiro ano de casados, pois não é apenas um novo status civil, mas também um novo endereço, uma nova fase de vida e, em alguns casos, até uma nova carteira de identidade.
- A oportunidade de uma folha em branco
Outra razão interessante para essa simbologia do papel no início do casamento é a possibilidade que o casal tem de escrever um futuro juntos a partir de uma folha em branco. Afinal, é no começo do matrimônio que quase tudo é possível, logo, é importante que desde o princípio o casal pratique o ato de sonhar junto, arriscar junto e conquistar junto.
Mesmo para quem eventualmente já tenha bagagens de histórias anteriores, é possível [e muito recomendável] tirar proveito desse espírito de “folha em branco” quando houver a chance de se casar novamente, evitando repetir erros do passado e permitindo-se viver uma história diferente e mais feliz.
- Da perecibilidade à eternidade
Por último, percebo que a fragilidade do papel – que rasga, amassa e se destrói facilmente – também representa bem os desafios dos primeiros anos de convivência, onde é preciso tato, boa comunicação, respeito e cooperação mútua para que um se adapte e se ajuste ao outro.
Na medida em que o casal se fortalece e amadurece, os elementos que representam sua união passam a ser mais resistentes às intempéries dos anos, como é o caso do ouro e do diamante, por exemplo, que simbolizam, respectivamente, os 50º e 60º aniversário de casamento.
O que você achou dessas reflexões? Faz sentido para você?
Deixe seu comentário.