
O reality show O Ultimato: Ou Casa ou Vaza, lançado recentemente pela Netflix, pode ser uma opção interessante para maratonar sozinho ou acompanhado.
Assim como em outros programas dessa linha, dramas pessoais e sentimentos reais são expostos neste reality o que, por identificação, compaixão ou mera curiosidade para saber como termina, acaba prendendo a nossa atenção do início ao fim.
E ainda que você não esteja vivendo nada parecido com um ultimato para casar, vale a pena parar e refletir sobre as questões que atormentam esses homens e mulheres.
Como o nome da série sugere, o principal objetivo é ajudar casais que chegaram a um impasse no relacionamento, onde um dos pares acredita que está pronto para casar mas o outro não tem a mesma certeza, assim, o ultimato é duro mas simples: casar para o resto da vida ou separar para sempre.
Para auxiliar nessa decisão, após passarem algum tempo socializando e desabafando entre si, os participantes – que aparentemente possuem idades e estilos de vida convergentes, são convidados a trocarem temporariamente de parceiro(a).
Nem todo mundo vai até o final
Dos 6 casais participantes apenas 4 chegam a participar do experimento completo.
Os novos casais então são convidados a conviver durante 3 semanas e, após esse período, cada par deverá decidir definitivamente se quer casar com o(a) antigo(a) parceiro(a) ou encerrar o relacionamento anterior.
Apesar de ser permitido ter intimidades durante a troca de casal, este reality não promove a “festa do caqui”, com sensualidade excessiva. O que se visa, na verdade, é uma saída consensual e temporária da relação atual para ganhar perspectiva e vislumbrar uma outra realidade.
Se você achou essa ideia moderna demais, peço que segure seus preconceitos e continue lendo mais um pouco.
Durante os 10 episódios com duração média de 50 minutos cada, problemas que vinham se arrastando a algum tempo são resolvidos em questão de dias.
Motivos para a indecisão dos participantes
A dinâmica do programa também evidencia alguns motivos que geraram a indecisão de casar dos participantes, entre eles, destaco: visões diferentes sobre dinheiro, falta de diálogo, dificuldade de comunicação, comportamento dominador de um dos pares, desejo de ter filhos logo sem que a parceira se sinta confiante de que terá ajuda, necessidade de curtir mais a vida antes de casar.
Alguns destes temas te soa familiar? Pois, pela minha experiência trabalhando com casais, posso garantir que são mais comuns do que muitos imaginam.
No final, o resultado é que alguns casais percebem que seu amor é maior do que suas diferenças e decidem permanecer juntos e casar. Outros, naturalmente, reconhecem que a história com aquele par não é viável e o mais prudente é vazar.
Tem também os que não toparam participar do ultimato, mas que resolveram cuidar da relação de outra forma, mas não darei mais spoilers!
Vale a pena ou não?
Minha conclusão pessoal é que sim, vale a pena maratonar essa série, independentemente da quantidade de estrelas que os críticos da internet atribuam a ela.
Afinal, dilemas todo casal tem mas nem todos precisam de um ultimato para resolvê-los. Portanto, qualquer aprendizado que se consiga tirar através das experiências dos casais deste reality, pode vir a ser útil para os seus próprios relacionamentos.
Nota: a Netflix já confirmou uma segunda temporada.