
Houve um tempo não muito distante em que se casar fora da igreja simplesmente não era uma opção para os noivos. O diálogo evoluiu e hoje, além de casar em qualquer lugar, os noivos também podem optar por um casamento não religioso.
Mas antes de aprofundar no tema é importante reconhecer que a influência do cristianismo em nossa cultura vem desde o processo de conquista das terras brasileiras, portanto, a relação do nosso povo com a religiosidade é algo mais profundo e complexo do que muitos imaginam.
Talvez por isso um grande número de casais ainda acaba optando por se casar em cerimônias religiosas, mesmo que não seja praticante dessas religiões. Alguns o fazem por tradição familiar, outros por um sonho idealizado, mas há também quem acredite que dessa forma é possível obter uma dose extra de proteção divina para seu matrimônio.
Todas as motivações para se ter um casamento religioso devem ser acolhidas e respeitadas, especialmente se o casal crê firmemente que a “benção de Deus” dada por um sacerdote é um fator preponderante para um casamento bem-sucedido.
Por outro lado, se os noivos não tem apegos religiosos ou possuem visões diferentes sobre o tema ou seguem uma doutrina que não realiza cerimônias de casamento, então a configuração não religiosa pode ser uma excelente ideia!
Casamento civil não é a única alternativa
Escolher o casamento civil por acreditar que essa seja a única alternativa para evitar a tradição religiosa é um engano que alguns noivos cometem.
O casamento civil, que quase sempre acontece no cartório, é um procedimento rápido e impessoal que combina com o perfil de poucas noivas, o que, no longo prazo, pode gerar a sensação de que faltou algo mais emocionante para destacar um momento tão importante da jornada do casal.
Esse sentimento de incompletude é um relato corriqueiro que ouço de mulheres e homens que me procuram para celebrar sua união após anos do casamento civil, e acredito que esse fenômeno ocorra porque, antes de tudo, o casamento é um rito de passagem.
E no sentido antropológico, o casamento é um momento único na vida de duas pessoas onde se registra no tempo e na memória uma escolha pessoal que trará consequências práticas e modificará para sempre o destino daquelas famílias.
Por isso, tudo o que se faz nessa data, desde a cerimônia, o vestido da noiva, a gravata do noivo, as fotografias, a assinatura do termo até a lua de mel, visa ajudar no fortalecimento do casal para a nova fase de vida a dois.
Alguns pais também precisam dessa “virada de chave” para liberar emocionalmente os filhos para seguirem seus caminhos com sua nova família.
Como é um casamento não religioso
Sabe a entrada triunfal da noiva acompanhada de uma música marcante? O cortejo dos padrinhos, pais, pajens e daminhas? A troca das alianças, a leitura dos votos e o beijo dos noivos? Num casamento não religioso o casal pode optar por tudo isso e um pouco mais!
Até mesmo uma benção com palavras de incentivo, carinho e amizade pode ser realizada numa celebração não religiosa, porém, sem o sentido sacrossanto do ato, ou seja, sem o apelo ao divino.
Mas, se pode quase tudo, o que então não faz parte do casamento não religioso? As preces, as leituras bíblicas ou sagradas, a reprodução de textos ou palavras padronizadas e, especialmente, a pregação ou o sermão religioso.
O discurso de uma cerimônia não religiosa baseia-se na história de amor do casal e nos valores de vida que norteiam a relação deles, por isso, costuma ser uma celebração mais íntima e personalizada.
No formato não religioso é possível incluir também rituais com elementos alternativos que representam a união do casal e que geram lindas recordações que os noivos podem levar para casa depois do casamento.
Quem pode celebrar um casamento não religioso
A quem preside uma cerimônia de casamento é dado genericamente o nome de celebrante.

No caso das cerimônias religiosas, os celebrantes são os líderes ou representantes de cada religião, a exemplo dos padres, diáconos, pastores, reverendos, rabinos, abades, babalorixás, etc.
Já no caso das cerimônias não religiosas, o celebrante será a pessoa contratada pelos noivos, que, normalmente, é alguém com conhecimento das tradições de casamento e com competência técnica e comportamental para conduzir esse momento da forma mais ética e emocionante possível.
Interessante, não?
Eu poderia continuar escrevendo, mas vou parar por aqui lembrando que, religioso ou não, o mais importante é que a cerimônia tenha a personalidade do casal e não apenas de um deles ou dos seus pais.
No final das contas, o que sustentará o matrimônio é o amor, a parceria e o respeito pelas diferenças e isso precisa ser aprendido ainda antes do casamento.
Como escolher o Celebrante de Casamento ideal para o dia mais feliz da sua vida
Ótimo artigo.
Gostei da escoha da terceira foto de cima para baixo.
Passou um sentimento agradável e de confianca.
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