
Bonitos, simpáticos e bem-sucedidos em suas áreas, o casal Gisele Bündchen e Tom Brady nunca teve sossego durante os quase 14 anos de casamento.
Porém, diferente das fotos amorosas e sorridentes que estamos acostumados a ver, o foco atual é a crise conjugal que eles aparentemente estão passando.
Atire a primeira pedra quem nunca passou por perrengues no casamento e conseguiu, de um jeito ou outro, resolver o problema na privacidade do seu lar.
Contudo, quando se trata de celebridades fica quase impossível passar por essa situação sem chamar a atenção.
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Chega a constranger a forma invasiva com que a mídia tem especulado os supostos motivos que podem culminar na separação desse casal.
Mas mesmo evitando, algumas informações acabam chegando até nós, e ainda que haja muita indiscrição, há relatos que se olhados com sensibilidade, podem trazer reflexões úteis para outros casais.
Neste artigo, portanto, inspirada pela situação do momento com este casal de famosos, selecionei três pontos para pensar e mudar enquanto é tempo, se for o seu caso.
1. Os acordos existem para serem cumpridos
Calma. Não estou dizendo que é tudo preto no branco.
Sei que para toda regra existe uma exceção e que fatores inesperados ou alheios a nossa vontade podem mudar o rumo dos nossos planos.
Tratando-se, todavia, de relacionamentos afetivos a exceção não pode virar regra.

E partindo do pressuposto que os acordos de um casal são feitos voluntariamente, respeitando os limites e capacidades de cada um, então não há muitas justificativas para não se cumprir o combinado com a pessoa que você ama.
Os temas e os formatos destes acordos dizem respeito somente aos envolvidos.
Podem tratar sobre as finanças da família, as responsabilidades domésticas, a educação dos filhos, o tempo de qualidade sozinhos, a data da aposentadoria de um deles, entre outros.
A natureza do tratado realmente não importa, mas quando apenas um lado cumpre a sua parte, o resultado é a frustração e a sensação natural de desequilíbrio entre o dar e o receber.
Situações assim começam pequenas, mas com o passar do tempo, se não forem corrigidas, se tornam penosas e pesadas para quem tem dado mais de si na relação.
O impacto emocional num cônjuge que percebe que passou grande parte da sua juventude fazendo tudo que podia pelo casamento, mas não recebeu esforço equivalente de volta do(a) parceiro(a), é similar a uma traição conjugal, sentimento muito difícil de ser superado.

2. Anseios pessoais e as necessidades da família
Há quem diga que a maior razão da crise no casamento de Gisele seria o tempo (anos) que o esposo deixou de dedicar a família para investir na sua vida profissional.
De um lado temos o compromisso familiar, com a justa atenção devida à esposa e aos filhos, que estão numa fase única de vida em que a presença paterna faz muita diferença para a formação deles.
Do outro temos o sonho profissional, com uma chance singular de criar um legado histórico em função de um talento que não vai durar para sempre.
Sem dúvida, um dilema duríssimo que dificilmente será resolvido sem que todos os envolvidos sofram de alguma forma.
Mas ainda que exista apenas uma Gisele e um Brady, conflitos entre os anseios pessoais e as necessidades da família são comuns na vida a dois de muitos casais.
Algumas diferenças de objetivos já aparecem muito antes do casamento e poucos podem dizer que se casou enganado.
Mas ainda há quem insista em fazer vista grossa na esperança de que tudo se resolva durante a convivência.
E não há nada errado em casar-se com alguém que pense diferente de nós, mas a partir do momento em que ambos optam pelo casamento, então algumas visões precisam ser conciliadas e harmonizadas pelo bem do coletivo.

Ao assumir conscientemente o compromisso do matrimônio, já não estamos mais falando apenas de nossas vidas sozinhos, mas de duas (ou mais que virão) que serão afetadas por nossas escolhas.
Por isso, ainda que para alguns soe duro de ouvir é preciso dizer que certos anseios pessoais precisarão, sim, ser revistos ou adaptados para melhor atender as necessidades da família.
O que não é correto é esperar que o peso familiar recaia nos lombos de apenas um, que na maior parte dos casos, infelizmente, ainda é o da mulher.
3. Amor sozinho não sustenta um casamento
Nem mesmo quando esse amor goza do conforto e das facilidades que o dinheiro pode proporcionar, ele não é garantia para fazer um casamento lograr.
Então, o que pode estar dando errado nos casamentos quando há tudo para dar certo?
As razões são infinitas e cada caso é um caso.
Mas uma coisa é certa, o sentimento de amor é o que leva a maioria até o altar, mas é a capacidade de amar que vai determinar o futuro de um casal.

Amar é quando o amor sai da esfera da poesia e vira uma realidade prática, com atitudes e escolhas diárias que nutrem o sentimento inicial.
Lilian Costa Celebrante
O amar se reflete na participação dentro de casa e no comportamento fora dela.
O amar também tem a ver com o compartilhamento de responsabilidades, com o respeito às necessidades do outro, com a liberdade de falar sem ser criticado e a certeza de ser ouvido com empatia.
O amar ainda está relacionado ao esforço sincero de compreender e aceitar a natureza e os limites do outro, sem perder a admiração por ele/a.
O amar se faz presente também quando ambos aprendem a perdoar, consertar, mudar, inovar, ceder e doar-se sempre que possível.
Por isso, como dito anteriormente, o amor sozinho não sustenta um casamento, mas para os que estiverem dispostos a amar, então o amor pode alcançar feitos incríveis, inclusive, o de fazer alguns envelhecerem ao lado de quem ama, sendo felizes para sempre.