Como manter a paixão no casamento

Apaixonar-se por alguém pode acontecer num piscar de olhos mas manter a paixão no casamento não tem nada haver com a sorte.

Se você namora ou está a caminho do altar, não deseja que seu relacionamento se torne algo sem brilho no futuro, não é mesmo?

Mas, infelizmente, é o que acontece com muitos casais que depois de terem trocado as alianças entram numa fase da relação onde o sentimento de “novidade” não é mais tão espontâneo como antes.

E o mais complicado é que as situações que vão esfriando a relação são diferentes para cada casal e ninguém está livre de ver sua chama se apagar e não saber como lidar com a ausência desse calor.

A boa notícia é que, desde que haja amor e disposição, é possível manter as borboletas no estômago mesmo depois de anos de união.

Nesse artigo vou comentar sobre 5 comportamentos que podem ajudar a manter por mais tempo a paixão no casamento e o amor sempre renovado.

1.     Contato visual

Face a face e olhos no olhos (e não na tela do celular) quando estiver falando ou escutando seu amor.

Não precisa ser a todo momento, mas pelo menos uma vez ao dia faça um contato visual mais profundo com seu parceiro(a).

A expressão facial e o olhar trazem informações preciosas que nem sempre são expressadas com palavras, mas que são importantes para compreender o outro.

Além disso, saiba que esse gesto fácil e com zero custo é um forte estimulador de afeto e de desejo!

Inclusive, há estudos que dizem que quando você olha diretamente nos olhos de alguém por aproximadamente 2 minutos, seu corpo produz uma substância química chamada feniletilamina, que pode fazer a pessoa se sentir apaixonada.

2.     Dar as mãos

Andar de mãos dadas quando estiverem na rua ou simplesmente segurarem a mão um do outro por alguns instantes antes de dormir são exemplos de outro hábito que parece bobo, mas que a ciência já provou ser poderoso.

Dar as mãos é a forma mais básica demonstrar carinho e cuidado por alguém, mas ainda assim muitos casais deixam de fazer isso ao longo da relação ou fazem muito pouco.

Porém, estar casado ou num relacionamento estável com alguém nem sempre traz a certeza de estar “no mesmo barco” que essa pessoa, por isso o ato de dar as mãos acaba sendo um sinal seguro de que “estamos juntos para o que der e vir”.

A conexão das mãos envia ao cérebro a mensagem de que naquele momento há suporte, presença, empatia e união, e a resposta a esse estímulo é o relaxamento mental que reduz os níveis de cortisol no corpo, hormônio que causa o estresse.

Há estudos que mostram que até mesmo a dor física pode diminuir quando a pessoa doente tem alguém para segurar sua mão. É como se a dor fosse literalmente dividida, tornando-a mais leve para quem sofre. Incrível, não?

Foto: Cottonbro Studio
3.     Manter a intimidade viva

Altos e baixos na libido é normal e ninguém deve se forçar a ter relações sexuais quando não se sente à vontade, porém, intimidade não é apenas sexo.

Beijar na boca, tomar banho juntos, fazer aulas de dança, dar e receber massagem, são exemplos de contatos físicos que geram e reforçam a conexão do casal, o que aumenta os níveis de oxitocina, hormônio que influencia a sensação de prazer.

Quando existe sintonia, confiança e respeito, o sexo acaba sendo uma consequência natural dessas interações de intimidade e a libido tende a voltar e a se fortalecer neste contexto.

E se você acha que o sexo apaixonado, do começo de relação, era bom, posso garantir que o sexo com amor e intimidade é ainda melhor e pode ir surpreendendo com o tempo.

Mas esse estágio só se atinge com a prática, a comunicação, a atenção e o cuidado de ambos nessa área tão importante do relacionamento.

4.     Cultivar a admiração

Se você chegou até aqui deve ter percebido que cada uma das práticas acima leva a outra de forma natural, e que a falta delas pode, aos poucos, ir esfriando a relação, sem, contudo, terminar o relacionamento.

Porém, se existe algo que além de levar embora a paixão pode também acabar com um casamento é a falta de admiração pelo cônjuge.

E esse é um sentimento que cresce lentamente, muitas vezes sem que você perceba a tempo de contornar a situação.

Por isso, é prudente cultivar a admiração desde o começo do relacionamento. Mas como fazer isso?

Muito simples mas não tão fácil quanto parece: além da devida atenção às necessidades do coletivo familiar, cada um deve seguir explorando suas individualidades e investindo em seu autoconhecimento e aprimoramento constante.

Deve ter a iniciativa de zelar pela sua própria saúde física, mental, emocional, intelectual e espiritual.

Ficar dando alfinetadas no cônjuge sobre a necessidade de comer melhor, se excitar mais, beber menos, procurar terapia, estudar, etc., é se colocar indevidamente na posição de “mãe ou pai” do(a) parceiro(a).

Contudo, esse papel maternal ou paternal na relação conjugal é uma das principais razões para a diminuição da admiração e do desejo de um pelo outro.

Além disso, vamos combinar: ninguém admira pessoas muito dependentes ou acomodadas, nem mesmo os próprios acomodados.

E repare bem: uma pessoa entusiasmada, que gosta de aprender e vivenciar novas experiências, é magnética, sexy e interessante em qualquer idade ou estágio da vida!

Atrai a curiosidade e admiração em qualquer lugar e não será diferente aos olhos do cônjuge. A chave, portanto, é cuidar do seu jardim para que as borboletas venham até você.

Foto: Emma Bauso
5.      Priorizar a relação conjugal e não apenas os filhos

Esse é um tópico que talvez merecesse um outro artigo, mas minha intuição me diz para colocar um pequeno comentário aqui, pois sei que todos os itens acima podem ser impactados por eles: os filhos.

Pode parecer uma loucura não ter tempo ou disposição nem de olhar nos olhos do(a) parceiro(a) , de caminhar de mãos dadas, ter um vale-night a dois, assistir a um filme, mas essa é a realidade de muitos.

Dependendo do caso, os filhos realmente são um desafio inimaginável, mas sua vida amorosa não precisa acabar por isso.

Só de ter a consciência que a relação do casal vem antes dos filhos e que as crianças vão partir e o cônjuge possivelmente vai ficar, já é suficiente para começar a questionar suas escolhas de como está educando ou pretende educar seus filhos.

Eu sei que falar é fácil e que depois que eles chegam as coisas saem do controle e que os pais fazem apenas o que conseguem.

Ainda assim, é bom lembrar que no final das contas os filhos precisam apenas de amor, respeito, limites e bons exemplos, e não de perfeição dos pais.

Também é válido recordar que os pequenos são muito mais adaptáveis e flexíveis do que os adultos, portanto, algumas neuras podem ser suas e não uma necessidade real da criança.

Por exemplo, é mesmo necessário que um filho durma na mesma cama do casal? Reduzindo o contato pele a pele com o cônjuge?

Não seria possível a criança andar ao lado da mãe ou do pai ao invés de sempre “no meio” deles? Diminuindo as oportunidades de contato de mãos do casal?

Será que nos poucos tempos livres não daria para dividir a atenção com outros temas da vida que não seja apenas o universo da criança?

Enfim, eu poderia escrever mais uma dezena de perguntas aqui, mas deixarei apenas essas na esperança de te ajudar a refletir sobre as oportunidades de manter a paixão no casamento.

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